Eu que adoro arte, recebi o convite super especial para conhecer a Monet Sky Galeria, dos sócios Luis Felippe Pavan e Paulo Samadello,aberta recentemente na cidade e que tem uma proposta bastante diferenciada: a de aproximar arquitetos, designs de interiores e decoradores dos artistas locais como pintores, grafiteiros e fotógrafos.

Eu adoro sair para conhecer novos lugares. Quem me conhece sabe que eu amo café e sempre que posso vou conhecer lugares diferentes para fugir da rotina.

Fui surpreendida com a recepção e o café farto do Rancho SaborAki, que fica no bairro do Traviú, em Jundiaí.
O lugar pertence à família Prado Silva, pai, mãe e filha recebem os clientes que chegam de várias cidades vizinhas e também de São Paulo.



O Rancho SaborAki tem uma história interessante. Há oito anos atrás o Sr. Henrique e a Sra. Sebastiana R. do Prado Silva compraram um terreno e ali fizeram seu refúgio. Inicialmente havia só uma cocheira. Era ali que o Sr. Henrique trazia os amigos famosos - cantores sertanejos - para jogar conversa fora e cantar.

Com o tempo eles foram adquirindo os terrenos ao redor construíram uma bela cozinha e os amigos foram trazendo outros amigos. O lugar pegou fama e se transformou no que é hoje: pesqueiro e casa de eventos. 
O nome é outra curiosidade: Sr. Henrique costumava ir à cidade de Jales, lá ele sempre passava em um tradicional bar para tomar o refrigerante local que se chama Sabor Aki e existe até hoje.
Ele gostou do nome e disse que, se um dia tivesse um comércio esse seria o nome do lugar.



E assim nasceu o Rancho SaborAki, com forte tradição na culinária  à base de peixe. É um dos poucos lugares que faz, aos sábados, a traíra assada aberta. Lá também tem um forno especial para assar porco que fica ali por horas e vai sendo cozido em um sistema de defumação.



Agora, aos domingos, o grande salão onde funciona o tradicional baile de música sertaneja, dá lugar a mesas cobertas com toalhas floridas onde famílias, casais com crianças e idosos vão em busca de um delicioso café da manhã naquele ambiente que só o interior tem. 



Kátia Prado, a filha, explica que era um sonho antigo abrir o espaço para outros públicos. Para isso ele pesquisou o mercado, fez um curso de Empreendedorismo Familiar, arregaçou as mangas e abriu o Café Colonial.



Valeu a pena! o café deles é realmente maravilhoso. E o que mais me surpreendeu foi a enorme variedade e o fato de tudo ser feito por eles. Sim, tudo: os pães caseiros (tem até pão recheado de brócolis), os bolos, tortas, os doces, ovos mexidos, cuscuz, salsicha ao molho, milho, pavê, etc.
Não há produtos industrializados o que faz com que o visitante sinta verdadeiramente o clima da roça.





Além da bela paisagem dos lagos o Rancho SaborAki é o único da região a permitir a companhia de animais. Katia Prado monta mesas ao ar livre de forma que o pet possa ficar junto com seu dono. Lá também há brinquedos para a criançada e feirinha de artesanato.




Minha dica é: chegue cedo, tome um farto café da manhã e aproveite o espaço. As crianças vão adorar correr e brincar enquanto os pais conversam e apreciam a paisagem.

Foi o que fizeram os casais que encontrei por lá no domingo passado. As amigas Valéria e Daniele saíram de Valinhos com os maridos e os filhos e estavam adorando a experiência.
Valéria disse que é um excelente programa quando se tem crianças e adorou comer os bolinhos de chuva.



Já o casal Amanda e João são de Jundiaí e adoram tomar o café da manhã fora de casa.  Amanda disse que voltará outras vezes pois adorou o atendimento e a variedade do buffet.

Você também pode experimentar o Café Colonial do Rancho SaborAki aos domingos, das 8h as 12:30h.
O valor é único para se servir à vontade e crianças até cinco anos não pagam.

O Rancho SaborAki fica na Av. Comendador Antonio Carbonari, 2.887 no bairro do  Traviú em Jundiaí.

Mais informações acesse a página deles no Facebook:https://www.facebook.com/cafecolonialranchosaboraki/

Eu tive contato com a arte de Eliana Garcia Carettoni quando fui ao evento de uma tradicional loja de móveis e decoração de Jundiaí. Me lembro da sensação que tive quando vi aquela foto enorme das areias de uma duna banhadas pelo sol. Chamou a atenção o fato de não ser uma imagem inteira - de uma paisagem - mas simplesmente uma parte capturada pelas lentes da artista.

Lá mesmo me apresentei e conversamos rapidamente. Eliana é uma mulher marcante. De sorriso fácil, bonita e elegante, foi de uma simpatia enorme quando eu disse que gostaria de entrevistá-la para o blog.



Marcamos nosso bate papo em uma das casas do empreendimento que seu marido construiu na cidade e que tem várias obras suas. Foi impactante dar de cara com uma das paredes da sala de estar, de pé direito altíssimo, com as fotos dos detalhes de um tronco de árvore formando um painel.



Mas vamos entender como tudo começou. Eliana Garcia é estilista, durante 25 anos trabalhou para grandes marcas e acompanhou o mundo frenético das passarelas das mais importantes grifes. O trabalho exigia muito e as viagens eram constantes. Até que chegou um momento que, com filho adolescente, e o marido mergulhado em um novo projeto fez a escolha de sair da área e fazer um verdadeiro "detox" na carreira. Teve mais tempo para a família, descobriu os prazeres da cozinha, mudou para Jundiaí e a vida ia tranquila.



A fotografia já fazia parte da sua vida por causa do trabalho com a moda. Mas foi quando ela e o marido compraram uma propriedade em Miami, que Eliana criou coragem para decorar a casa com suas fotografias.
Para sua surpresa, os arquitetos e decoradores americanos gostaram tanto de seu trabalho que começaram a fazer encomendas.

A partir daí ela fez diversos cursos: História da Fotografia, História da Arquitetura, entre outros. Passou, de uma maquina semi profissional a uma Cannon profissional. Como o casal viaja muito para o exterior, Eliana já criou uma rotina. Nos primeiros dias fotografa e nos últimos dias deixa a sua máquina no Hotel para poder curtir o final da viagem.



A natureza sempre foi o principal tema mas ela também fotografa cenas de pessoas em vários momentos do cotidiano, sempre com efeitos, sem aparecer os rostos. Em algumas obras há também o abstrato que ela faz com  intervenção digital. 



Quando pergunto por que suas obras são sempre grandes, ela dá uma gargalhada e diz:

- Essa é a forma como eu enxergo. Eu sempre imagino o que eu fotografo em um tamanho maior. Mas eu também faço telas menores. Sempre de acordo com o que o cliente me pede.



Hoje as obras de Eliana Garcia são muito solicitadas por arquitetos e design de interiores. E ela faz questão de discutir com eles todos os detalhes da decoração e entender o perfil do morador para poder personalizar a sua criação.
Eliana faz questão de dizer que toda obra tem um certificado de autenticidade e vai acompanhada de uma descrição da foto. Portanto são únicas e feitas, principalmente, com muito carinho.

Eliana é muito criativa, tem bom gosto e está sempre em busca de novos materiais para compor suas obras. Percebe-se a paixão que ela tem pelo seu trabalho e o quanto ela pretende expandir suas criações.



- "A fotografia hoje é muito valorizada. Em parte pelo fato de ser mais acessível. Você pode até gostar de um renomado artista plástico. Mas pode não ter condições de ter uma obra dele em sua casa. A fotografia está a alcance de todos."

Por isso, o próximo passo será uma exposição. Eliana quer que sua arte seja acessível ao público. E, futuramente, quem sabe, realizar o sonho de abrir uma Galeria de Arte para que ela e outros artistas possam exibir suas obras.

Depois dessa conversa, não tenho dúvida de que ela chegará lá! 
Quer conhecer um pouco mais a arte de Eliana Garcia? Entre em contato:
egarciaphotoart@gmail.com
http://egarciaphotoart.webnode.com/

Minha filha Julia nasceu quando eu já estava madura. E, como dizem os antigos: era a raspa do tacho, já que a diferença entre ela e a minha filha mais velha é de dezesseis anos.  Eu tive uma gestação normal e o parto correu bem. Mas, com o passar dos anos, notamos que ela tinha algo diferente mas não sabíamos o quê. Ela não engordava, era miúda, e às vezes seus olhos saíam de órbita. A coisa complicou quando ela entrou na escolinha. Julia não acompanhava a turma, era distraída e não entendia os conceitos mais simples que eram ensinados. 


                                (Julia e Marina, a minha filha mais velha)

Depois de percorrermos vários especialistas, inclusive o Grendacc - Grupo em Defesa a Criança com Câncer - foi constatado que não havia nenhum problema físico. Fui indicada a procurar uma neuro-psicóloga infantil. E foi por ela (após longos testes) que ouvimos que a Julia tinha um atraso mental que inclusive afetava a sua coordenação motora, a área cognitiva e o raciocínio abstrato. Julia não conseguia ler e escrever.

Feitos todos os testes psicológicos a próxima etapa foi procurar um neuro pediatra para os exames clínicos. Tomografia, exames de sangue e mais inúmeros outros foram solicitados. Nesse meio tempo ela foi atendida no SATE - Serviço Terapêutico de Apoio Educacional, da Prefeitura, que oferece atendimento especializado a crianças e adolescentes com dificuldade de aprendizado.

Após um ano eles encaminharam a Julia à APAE. Quando estive pela primeira na instituição fiquei surpresa com a estrutura bem organizada, o número de profissionais e a quantidade de crianças assistidas. A maioria com problemas mentais severos. Saí de lá impactada com a força e o apoio que as famílias recebem e em saber que a APAE de Jundiaí foi a primeira unidade fundada no Estado de São Paulo e a terceira no Brasil. 

Ter uma criança com algum tipo de deficiência independe de classe social ou poder aquisitivo. Simplesmente ocorre e você tem a opção de fingir que isso foi uma fatalidade ou enfrentar e procurar o melhor suporte possível para o seu filho.

                                 (Geraldo Enfeldet, filho da Fundadora da APAE Jundiaí)

Por isso me surpreendi ao saber que a fundadora da APAE não teve filho com qualquer tipo de deficiência. Conversando com um dos filhos dela, o Geraldo Enfeldet, soube que a Dona Inês na verdade era professora da rede pública. E, naquele tempo, as crianças com Sindrome de Dow eram chamadas de mongolóides e não eram bem aceitas nas escolas.

Dona Inês criou uma sala especial e mostrou, que com empenho e dedicação elas progrediam sim. Só precisavam ser estimuladas adequadamente. A notícia se espalhou e pessoas iam à casa dela pedir ajuda para seus filhos. Até que em 1957 foi fundada a APAE. 

E para comemorar os 60 anos desta entidade tão importante para a sociedade, foi organizado um jantar que reuniu quase 300 pessoas, no Restaurante Brunholi, que fizeram questão de dar o seu apoio e reforçar o vínculo da cidade com os menos assistidos.





Atualmente com uma nova Diretoria, comandada pelo Sr. Wagner Chachá a APAE Jundiaí conta com mais de 100 profissionais. Esses profissionais são responsáveis por atender cerca de 1.600 pessoas por mês - de bebês a adultos - que tenham deficiência intelectual ou transtorno do espectro do autismo. É uma senhora organização. Sem a qual muitas famílias ficariam se ter como tratar seus filhos e/ou parentes de forma adequada.

                                         (O Presidente da APAE Jundiaí, Wagner Chachá)

Wagner me disse que ter transparência e uma diretoria comprometida com a missão da entidade é muito importante. Mas o apoio de voluntários, empresas e das pessoas que contribuem mensalmente é fundamental.

A Delphos Sistema de Segurança, é uma das empresas-amiga da APAE. Nina Batista e Nestor Mesquita, proprietários, fizeram questão de prestigiar o jantar. Nina me disse que é muito importante apoiar entidades sérias e que ajudam tantas pessoas como a APAE Jundiaí. 

                                                (Nestor Mesquita e Nina Batista)
                         
Você deve estar se perguntado e a Julia? Como está? Bom, desde que a Dra. Mariana Pereira - a neuro-pediatra recomendou o suporte de uma Fonoaudióloga e uma Psicopedagoga, Julia passou a ter esses atendimentos. Lá se vão oito anos. Hoje com catorze, Julia começou a ler (ainda com certa dificuldade) há cerca de um ano atrás. A escrita também melhorou. Ela ainda tem limitações principalmente com a matemática (não tem noção de dinheiro, de cálculos básicos). Por isso é importante o acompanhamento de uma Psicopedagoga. E há muitos anos a Daniela Pereira Robbi vem assistindo a Julia. Cada conquista é uma alegria para nós. 


                   (Luciana Contesini, fonoaudióloga e Daniela Robbi, psicopedagoga)

Julia é uma menina alegre e amorosa. Adora se maquiar, canta músicas em um inglês perfeito (bendito youtube) e faz aulas de street dance duas vezes por semana. Vai demorar um pouco, mas eu sei que ela será independente e um dia vai poder viajar, ir ao Shopping ou fazer qualquer fazer outra atividade sozinha. Por enquanto eu sou a sua eterna guardiã e agradeço todos os dias a missão que a mim foi confiada. 


                                                  (Julia e suas irmãs Caroline e Marina) 



Mesmo que você não tenha um filho com algum tipo de deficiência, ajude a APAE. Entre no site http://www.apaejundiai.org.br/ ou em contato com a jornalista Diná de Melo, Assessora de Imprensa da Entidade pelo fone:
(11) 94745.1334

                                       (Diná de Melo, Assessora de Imprensa da APAE Jundiaí)

Este fim de semana fui conhecer o Lo.La Coccina Latina de propriedade do casal Swamy Mello  e Marcelo Gonsales, ambos publicitários bastante conhecidos na cidade. Por isso me surpreendi quando soube que tinham aberto um restaurante. Mas a Swamy me explicou que a ideia surgiu das viagens gastronômicas que o Marcelo fez pela America Latina. 


                        (com os proprietários Marcelo e Swamy)

Com um cardápio enxuto e receitas elaboradas o Lo.La cumpre o que promete: levar o cliente a uma viagem de sabores pelo Peru, México, Colômbia, Argentina, Cuba, Chile e, é claro, o Brasil.


O Lo.La é do tamanho certo para um restaurante que preza a experiência gastronômica. Bem decorado e com mesas confortáveis dentro e no quintal percebe-se logo que o conceito ali não é o de quantidade mas de qualidade.
Qualidade no atendimento, nos drinks bem elaborados e nos pratos feitos com ingredientes selecionados.


Pra começar, pedi Pisco Sour, uma tradicional bebida peruana que eu nunca tinha provado e que leva clara em neve em seu preparo. De entrada. dadinhos de tapioca com queijo coalho e salada Moai (mix de folhas verdes com camarão frescos, salsa, tomate, cebola roxa, abacate e manjericão). Como prato principal, costela com molho de jaboticaba e farofa de banana.



Foi uma explosão de sabores. Estava tudo muito delicioso que as horas passam sem você perceber.

Se você ficou com vontade de experimentar essas delícias, o Lo.La funciona de terça a sábado somente para jantar, a partir das 18:30.
Reservas podem ser feitas pelo site
http://lolacocinalatina.com.br/ ou pelo telefone: (11) 2709.3806
O endereço é: Rua do Retiro, 1.094 - próximo ao Supermercado Russi