Eu tive contato com a arte de Eliana Garcia Carettoni quando fui ao evento de uma tradicional loja de móveis e decoração de Jundiaí. Me lembro da sensação que tive quando vi aquela foto enorme das areias de uma duna banhadas pelo sol. Chamou a atenção o fato de não ser uma imagem inteira - de uma paisagem - mas simplesmente uma parte capturada pelas lentes da artista.

Lá mesmo me apresentei e conversamos rapidamente. Eliana é uma mulher marcante. De sorriso fácil, bonita e elegante, foi de uma simpatia enorme quando eu disse que gostaria de entrevistá-la para o blog.



Marcamos nosso bate papo em uma das casas do empreendimento que seu marido construiu na cidade e que tem várias obras suas. Foi impactante dar de cara com uma das paredes da sala de estar, de pé direito altíssimo, com as fotos dos detalhes de um tronco de árvore formando um painel.



Mas vamos entender como tudo começou. Eliana Garcia é estilista, durante 25 anos trabalhou para grandes marcas e acompanhou o mundo frenético das passarelas das mais importantes grifes. O trabalho exigia muito e as viagens eram constantes. Até que chegou um momento que, com filho adolescente, e o marido mergulhado em um novo projeto fez a escolha de sair da área e fazer um verdadeiro "detox" na carreira. Teve mais tempo para a família, descobriu os prazeres da cozinha, mudou para Jundiaí e a vida ia tranquila.



A fotografia já fazia parte da sua vida por causa do trabalho com a moda. Mas foi quando ela e o marido compraram uma propriedade em Miami, que Eliana criou coragem para decorar a casa com suas fotografias.
Para sua surpresa, os arquitetos e decoradores americanos gostaram tanto de seu trabalho que começaram a fazer encomendas.

A partir daí ela fez diversos cursos: História da Fotografia, História da Arquitetura, entre outros. Passou, de uma maquina semi profissional a uma Cannon profissional. Como o casal viaja muito para o exterior, Eliana já criou uma rotina. Nos primeiros dias fotografa e nos últimos dias deixa a sua máquina no Hotel para poder curtir o final da viagem.



A natureza sempre foi o principal tema mas ela também fotografa cenas de pessoas em vários momentos do cotidiano, sempre com efeitos, sem aparecer os rostos. Em algumas obras há também o abstrato que ela faz com  intervenção digital. 



Quando pergunto por que suas obras são sempre grandes, ela dá uma gargalhada e diz:

- Essa é a forma como eu enxergo. Eu sempre imagino o que eu fotografo em um tamanho maior. Mas eu também faço telas menores. Sempre de acordo com o que o cliente me pede.



Hoje as obras de Eliana Garcia são muito solicitadas por arquitetos e design de interiores. E ela faz questão de discutir com eles todos os detalhes da decoração e entender o perfil do morador para poder personalizar a sua criação.
Eliana faz questão de dizer que toda obra tem um certificado de autenticidade e vai acompanhada de uma descrição da foto. Portanto são únicas e feitas, principalmente, com muito carinho.

Eliana é muito criativa, tem bom gosto e está sempre em busca de novos materiais para compor suas obras. Percebe-se a paixão que ela tem pelo seu trabalho e o quanto ela pretende expandir suas criações.



- "A fotografia hoje é muito valorizada. Em parte pelo fato de ser mais acessível. Você pode até gostar de um renomado artista plástico. Mas pode não ter condições de ter uma obra dele em sua casa. A fotografia está a alcance de todos."

Por isso, o próximo passo será uma exposição. Eliana quer que sua arte seja acessível ao público. E, futuramente, quem sabe, realizar o sonho de abrir uma Galeria de Arte para que ela e outros artistas possam exibir suas obras.

Depois dessa conversa, não tenho dúvida de que ela chegará lá! 
Quer conhecer um pouco mais a arte de Eliana Garcia? Entre em contato:
egarciaphotoart@gmail.com
http://egarciaphotoart.webnode.com/

Nem sempre dá pra viajar pra longe quando se tem um feriado prolongado. Mas é possível sair da rotina e conhecer alguns lugares super charmosos bem pertinho de você.
Foi o que fiz neste feriado de Corpus Christhi. Pegamos a estrada na sexta-feira e fomos conhecer Holambra, há uma hora e meia de Jundiaí.

A cidade é linda, limpa e muito colorida. Cheia de turistas, é claro, mas acho que isso é que dá um ar fraterno à cidade. Para mim, Holambra vai muito além das flores, que, claro, é a grande atração desta cidade de apenas dez mil habitantes. Holambra tem excelente gastronomia. Restaurantes e Docerias com receitas típicas atraem muita gente em busca dos sabores holandeses.

Um lugar que vale a pena você ir é o The Old Dutch de propriedade do simpático Robert Jager. O restaurante tem capacidade para até 200 pessoas. A comida é farta e de qualidade. Vale a pena pedir uma entrada e tomar um chopp artesanal enquanto aguarda o prato principal.

                                                                   (Sr.Robert Jager)


Nós pedimos o pão feito por eles com pasta de alho. Mas tem o mini Frikandeller - corquete de carne típico holandês servido com maionese e cebola. Robert diz que esse prato só tem no restaurante dele ou na Holanda! 


Os pratos são fartos, como este badejo com batatas e arroz típico.


Mas há muitas outras opções como o tradicional Hollandse Biefstuck Met Champignons. Ou o Gebraden Eend - meio pato assado à caçador com molho de maça, cerveja e temperos típicos.
As sobremesas do The Old Dutch são fantásticas, como a torta de maçã que é receita da mãe dele. Mas preferimos conhecer uma Doceria que fica à beira do Lago e que é muito famosa pelos doces tradicionais holandeses: a Zoet en Zout!

O lugar é encantador, com mesas internas e a externas com vista para o lago. Peça um café e escolha o seu doce entre as dezenas de opções. E coma sem pressa apreciando os sabores como o doces de rosas, o mini-nacked de creme e frutas vermelhas, o stroopellwafel, uma bolacha redonda, em duas metades, recheada de calda de caramelo. E, é claro que tem o apfelstrudel, com uma massa crocante e sequinha, recheada de maças. Maravilhosa!





Depois da sobremesa fomos passear pelo centro da cidade. Há muitas vielas com lojas de souvenirs e restaurantes. Deixe o carro e ande pelas ruas. Só assim você vai poder conhecer melhor e escolher as muitas opções de compra.



E as flores? Você acha que eu não iria comentar? Claro que elas estão por toda a parte. Mas não pense que você vai chegar lá e se deparar com enormes campos floridos. Esses ficam em fazendas e é preciso agendar a visita. Mas vale a pena conhecer os inúmeros centros de venda delas.




São Muitas as variedades. Desde as mais comuns às mais exóticas.






Voltamos pra casa com a certeza de que vamos retornar pois há muitos lugares ainda para serem vistos. Mas, quem tem pressa?

Se você quer saber melhor sobre os lugares que indiquei entre nos links abaixo:

http://www.olddutch.com.br/

http://zoet-en-zout.com.br/web/

Por causa da minha profissão eu sempre fui convidada para eventos corporativos ou sociais. Perdi a conta de quantos eu fui. Mas uma coisa eu sei: de dez, oito foram organizados por Patrícia de Salvi.

Conheci a Maria Teresa Staeheli quando trabalhava em uma emissora de  tv e ela em uma Agência de Publicidade aqui de Jundiaí. Nossa relação sempre foi profissional e eu a atendi depois, quando ela assumiu a Gerência de Marketing de um shopping da cidade.

Como o tempo a Teresa passou a ser aquela cliente que a gente adora atender: muito comprometida com seu trabalho, inteligente e simpática. Foram anos falando de campanhas do Dia dos Pais, Namorados, Mães e Natal. Foram centenas de horas em reuniões.

Então fiquei surpresa quando soube da decisão dela de sair da área e iniciar um novo projeto. Mais ainda quando soube que se tratava de cultivo de ervas orgânicas. Achei muito corajoso e resolvi convidá-la para um bate papo para saber melhor sobre o que moveu essa grande mudança em sua vida.



- Eu ganhava um alto salário, tinha um bom cargo, morava em Jundiaí mas trabalhava em São Paulo. Queria ficar mais perto do meu marido e do filho que estava pra nascer. Acho que esse foi o início desse longo processo de retornar às origens e ter uma melhor qualidade de vida.

O pai de Teresa tem uma terra no bairro do Medeiros que toda a família aproveitou. Mas com os filhos crescidos, cada um seguiu sua carreira. Com isso a especulação imobiliária logo viu na enorme área, uma oportunidade para um novo condomínio e as ofertas foram muitas.





Quando deixou a Gerência de Marketing do Shopping, Teresa viu ali a oportunidade de fazer algo naquelas terras e assim preservá-las. Foi quando seu marido propôs morarem lá. Osimar Giuntini  é veterinário e sempre conviveu com cavalos e o campo. 

A experiência no meio corporativo deu a expertise necessária para ela iniciar o projeto de cultivo de ervas orgânicas. Teresa contratou a assessoria de Dercílio Pupim, uma referência na área e proprietário da FAMÍLIA ORGÂNICA. Cujo pioneirismo se tornou no que hoje chamamos de movimento orgânico de cultivo.

Dercílio deu toda orientação necessária para que Teresa começasse a sua horta. Parece simples. Mas não é bem assim. Para produzir alimentos orgânicos a terra deve ser preparada com composto e forração do solo. Ao contrário da agricultura tradicional que "retira" os nutrientes do solo, na Orgânica o solo é enriquecido para que o plantio ocorra de forma mais natural possível. É respeitado o tempo de cada erva ou legume. 



Além disso, ela participa constantemente de projetos como o do SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - que promove encontros em propriedades rurais com o objetivo de promover o debate e a troca de conhecimento entre agricultores.

Tendo essa base, Teresa iniciou seus canteiros que hoje são motivo de orgulho para ela e sua família. 
O Sítio do Moinho produz hoje mais de 30 tipos de ervas entre aromáticas e medicinais. Algumas que ninguém da região tem,  como as ervas de Provence que é uma combinação de 8 tipos de ervas.



De olho em um mercado que cresce a cada ano, Teresa enxergou nas ervas potencial para atender restaurantes, lojas especializadas, profissionais de terapia alternativa e famílias que buscam se alimentar com produtos livre de agrotóxicos.

E, hoje ela fornece ervas colhidas no dia, para a Mundo Verde de Jundiaí, a Vila Orgânica, no bairro da Malota, o Empório do Produtor na estrada para Itú, além de Chefs e donas de casa.



Para consumo próprio, Teresa cultiva legumes e folhas e é ela mesma que diz:
- Quando você começa a entender a diferença entre um produto com agrotóxico, do orgânico,  você não quer mais consumir outra coisa. Você passa a enxergar o mundo de uma outra maneira. Mas principalmente você entende que é o que comemos que nos mantém saudáveis ou doentes. 

E assim, do sítio antes improdutivo, Teresa encontrou um novo estilo de viver e ganhar o seu sustento.
Quando pergunto se valeu a pena largar o mundo corporativo para ter uma vida no campo ela responde:
- Meu filho foi o maior estímulo para essa grande virada na minha vida. Eu quero passar para ele uma nova mensagem: de amor à terra e às nossas origens. E quando vejo o João devorando um prato de salada ou me acompanhando nas plantações sinto que valeu cada segundo. 

Quer receber ervas fresquinhas em casa ou conhecer as plantações do Sítio do Moinho, entre em contato com a Teresa:

https://www.facebook.com/mariateresa.staeheli?fref=ts ou whatsapp: 11 9 99464972

Sou paulistana e cresci nas ruas movimentadas de São Paulo. Já morei no Rio de Janeiro e no Sul do país (Curitiba/Maringá). Mas quem me conhece sabe que sou apaixonada por Jundiaí. Moro nessa cidade há 26 anos e continuo me encantando por esse lugar tão especial que escolhi para criar minhas filhas,fazer amigos e trabalhar. 

Me lembro que nos finais de semana, quando as meninas eram pequenas, nós íamos comer em restaurantes do bairro da Colônia, sentados embaixo de árvores, saboreando uma deliciosa polenta em um almoço que não tinha hora para acabar. 

Por isso fiquei entusiasmada quando fui convidada para conhecer a Rota da Uva, junto com jornalistas e formadores de opinião de diversos segmentos. A programação foi organizada com muito carinho para que nós pudéssemos viver uma experiência de cores, aromas e sabores.

Saímos cedo do Parque Comendador Carbonari - o famoso Parque da Uva - e a primeira parada foi na Adega Vendramim para um delicioso café da manhã com bolos caseiros, geléas, doces, linguiças e sucos de frutas: tudo produzido por eles. Além do vinho artesanal. Mas o destaque do café foi o pão de uva! Simplesmente divino.
O sítio da família Vendramim é lindo, bem cuidado e ser acolhido pela Dona Durvalina e suas filhas me deixou a sensação de estar em casa.



Me despedi com saudade desse lugar e trouxe pra casa um pedacinho desse carinho em forma de doce abóbora. 
De lá fomos para o Espaço Valsanglau - uma extensa área que abriga restaurante, espaço para eventos e a Cachaçaria Casa Grande. Os proprietários, o casal Valmir e Santina nos esperavam para um verdadeiro tour sobre a produção de cachaça artesal.


Já dentro do Alambique, o Sr. Valmir explicou com clareza e paixão,  todo o processo de produção e o que diferencia cachaça de aguardente e pinga: o teor alcólico.
- " Nós costumamos dizer que a cabeça é aguardente, o coração é a cachaça e o rabo é a pinga." disse ele todo sorridente.
As cachaças Casa Grande são produzidas com cana de acúcar vinda do sítio que eles tem em Minas Gerais. Isso faz toda a diferença para que o produto seja de altíssima qualidade.
Na loja você pode degustar os mais de 120 tipos de cachaça com especiarias, frutas e raízes.



O aroma do ambiente, os potes de vidros com cores e formatos diferentes me fez degustar duas: a de amora e damasco com ameixa. Deliciosas. E ao sair, todos do grupo puderam escolher uma e levar pra casa em uma charmosa garrafa embrulhada para presente. Um carinho desse casal tão especial.

Impossível sair de uma cachaçaria sem um sorriso nos lábios. E foi assim, alegres e falantes que embarcamos na van para seguir viagem. Passeamos pela Estrada da Toca. Belíssima com seus vinhedos e plantações e vimos o Recanto Marquezin, famoso pela sua polenta e a Adega Maziero, que foi a adega escolhida para produzir o vinho servido ao Papa em sua visita ao Brasil.

Paramos na Adega Fontebasso para conhecer de perto um vinhedo e os tipos de uva cultivados nessa região e o processo de fermentação da uva.



Em meio ao parreiral tivemos uma aula sobre a origem da uva niagara que surgiu em Jundiaí e que tornou a cidade conhecida em todo Brasil. Até hoje a Festa da Uva de Jundiaí recebe visitantes de todo o país em busca desse fruto.

A experiência de estar no meio de um vinhedo é indescritível. Colher o fruto, sentir nas mãos a delicadeza e o perfume da uva me fez sentir um pouco do que os imigrantes devem ter experimentado há mais de cem anos quando vieram plantar uva em Jundiaí.


A Adega Fontebasso produz vinhos e licores de maneira totalmente artesanal e atrai turistas das grandes cidades que vem em busca desse sabor do interior.

                   
Hora do almoço, fome ! 
Seguimos para o Villa Brunholi. Um complexo que reúne Adega, Museu e Restaurante. Imperdível para quem quer conhecer melhor a história do vinho, o Museu fica dentro de um imenso tonel. 

Já na Adega, há vinhos, destilados e diversos outros produtos de marca própria que você pode levar para casa.







O restaurante é um capítulo à parte: recebe em média 1.500 pessoas por semana que podem degustar as massas preparadas pela família. Os pratos são fartos e eu experimentei o gnocchi recheado de carne seca com molho branco.
Ano passado o Restaurante Brunholi recebeu o prêmio de Melhor Sobremesa do Estado de São Paulo com seu pudim de uva ! 


Após esse delicioso almoço, fomos conhecer a mini-fazendinha, o lago e o redário. Lugares ideais pra dar aquela descansada enquanto as crianças brincam com os bichinhos.
Antes de ir embora, fomos presenteados com uma cesta de produtos de marcas que fazem parte da Rota da Uva. Uma delicadeza e atenção do empresário Paulo Brunholi que nos acompanhou durante todo o roteiro.

Paulo é o Presidente da Associação Rota da Uva. Entidade que reúne comerciantes e produtores dos bairros da Toca, Roseira, Colônia e Caxambu com o objetivo de fomentar o turismo na região que concentra a maior produção de uvas e vinhos. Ele explica que: 
- " A maioria dos produtores e comerciantes é formada por famílias que resistem à pressão imobiliária e trabalham para manter viva a tradição do plantio da uva niágara e de vinhos."
  
Para finalizar esse dia incrível, fomos comer açaí no Quiosque Roseira...