Curtindo A Bessa: janeiro 2017

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Delishop: Culinária Judaica Contemporãnea em São Paulo

Dias atrás, voltando da praia, paramos em São Paulo para almoçar. Fomos para a região do Bom Retiro. Além dos bolivianos e, mais recentemente os coreanos, o bairro continua sendo o que mais concentra a colônia judaica na cidade.

Daí o meu interesse em experimentar a comida de um dos mais famosos: o Delishop Restaurante. O local é simples, com poucas mesas. Mas é reconhecido pela crítica especializada por executar pratos da cozinha judaica tradicional e contemporãnea. Todos preparados pelo Chef Nir Baruch.

Nir é filho do Sr. Adi e da Sra. Shoshana, que vieram de Israel para o Brasil com o sonho de montar seu próprio negócio. Em 1991, eles abriram uma delicatessen com doces típicos e alguns pratos. O sucesso foi tamanho que naturalmente precisou de um espaço maior e se tornou um restaurante.

Dona Shoshana era especialista na cozinha sefaradi (norte da África e Mediterrãneo) e Dona Mania, que foi trabalhar com o casal, na cozinha ashkenazi. Essa parceria resultou em pratos aclamados pela comunidade judaica.

Fomos recebidos pelo próprio Sr. Adi que sempre oferece (como cortesia) uma deliciosa salada de repolho a seus clientes.

Escolhemos os pratos. O meu foi um Spondra com Vareniks: costela bovina cozida acompanhada de ravioli de batata com cebola frita.

Achei muito gostoso mas já estava curiosa para experimentar a famosa sobremesa. O pudim Cream Caramel que foi considerada uma das melhores sobremesas da cidade. A receita, que não leva leite condensado é um segredo da família e é realmente maravilhoso: leve e cremoso. Um espetáculo.

Mas o Delishop oferece muitas outras opções como risotos, saladas, frango. Pratos como o Guefilt Fish (bolinho de peixe com farinha de Matzá); Kabab; Mussaká e Tchulent - a tradicional feijoada judaica - entre outros.

Então fica aí a minha dica. Em sua próxima visita a São Paulo vá conhecer esse restaurante e compartilhe como eu de uma experiência única e enriquecedora. Conhecer a culinária de outro país é como viajar pela história. É cultura !

Veja o endereço e o cardápio completo no link abaixo:

http://www.delishoprestaurante.com.br/

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, by curtindo a bessa

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Rota da Uva: Turismo e Resgate da Cultura Italiana de Jundiaí

Sou paulistana e cresci nas ruas movimentadas de São Paulo. Já morei no Rio de Janeiro e no Sul do país (Curitiba/Maringá). Mas quem me conhece sabe que sou apaixonada por Jundiaí. Moro nessa cidade há 26 anos e continuo me encantando por esse lugar tão especial que escolhi para criar minhas filhas,fazer amigos e trabalhar.

Me lembro que nos finais de semana, quando as meninas eram pequenas, nós íamos comer em restaurantes do bairro da Colônia, sentados embaixo de árvores, saboreando uma deliciosa polenta em um almoço que não tinha hora para acabar.

Por isso fiquei entusiasmada quando fui convidada para conhecer a Rota da Uva, junto com jornalistas e formadores de opinião de diversos segmentos. A programação foi organizada com muito carinho para que nós pudéssemos viver uma experiência de cores, aromas e sabores.

Saímos cedo do Parque Comendador Carbonari - o famoso Parque da Uva - e a primeira parada foi na Adega Vendramim para um delicioso café da manhã com bolos caseiros, geléas, doces, linguiças e sucos de frutas: tudo produzido por eles. Além do vinho artesanal. Mas o destaque do café foi o pão de uva! Simplesmente divino.
O sítio da família Vendramim é lindo, bem cuidado e ser acolhido pela Dona Durvalina e suas filhas me deixou a sensação de estar em casa.

Me despedi com saudade desse lugar e trouxe pra casa um pedacinho desse carinho em forma de doce abóbora.
De lá fomos para o Espaço Valsanglau - uma extensa área que abriga restaurante, espaço para eventos e a Cachaçaria Casa Grande. Os proprietários, o casal Valmir e Santina nos esperavam para um verdadeiro tour sobre a produção de cachaça artesal.

Já dentro do Alambique, o Sr. Valmir explicou com clareza e paixão, todo o processo de produção e o que diferencia cachaça de aguardente e pinga: o teor alcólico.
- " Nós costumamos dizer que a cabeça é aguardente, o coração é a cachaça e o rabo é a pinga." disse ele todo sorridente.
As cachaças Casa Grande são produzidas com cana de acúcar vinda do sítio que eles tem em Minas Gerais. Isso faz toda a diferença para que o produto seja de altíssima qualidade.
Na loja você pode degustar os mais de 120 tipos de cachaça com especiarias, frutas e raízes.

O aroma do ambiente, os potes de vidros com cores e formatos diferentes me fez degustar duas: a de amora e damasco com ameixa. Deliciosas. E ao sair, todos do grupo puderam escolher uma e levar pra casa em uma charmosa garrafa embrulhada para presente. Um carinho desse casal tão especial.

Impossível sair de uma cachaçaria sem um sorriso nos lábios. E foi assim, alegres e falantes que embarcamos na van para seguir viagem. Passeamos pela Estrada da Toca. Belíssima com seus vinhedos e plantações e vimos o Recanto Marquezin, famoso pela sua polenta e a Adega Maziero, que foi a adega escolhida para produzir o vinho servido ao Papa em sua visita ao Brasil.

Paramos na Adega Fontebasso para conhecer de perto um vinhedo e os tipos de uva cultivados nessa região e o processo de fermentação da uva.

Em meio ao parreiral tivemos uma aula sobre a origem da uva niagara que surgiu em Jundiaí e que tornou a cidade conhecida em todo Brasil. Até hoje a Festa da Uva de Jundiaí recebe visitantes de todo o país em busca desse fruto.

A experiência de estar no meio de um vinhedo é indescritível. Colher o fruto, sentir nas mãos a delicadeza e o perfume da uva me fez sentir um pouco do que os imigrantes devem ter experimentado há mais de cem anos quando vieram plantar uva em Jundiaí.

A Adega Fontebasso produz vinhos e licores de maneira totalmente artesanal e atrai turistas das grandes cidades que vem em busca desse sabor do interior.

Hora do almoço, fome !
Seguimos para o Villa Brunholi. Um complexo que reúne Adega, Museu e Restaurante. Imperdível para quem quer conhecer melhor a história do vinho, o Museu fica dentro de um imenso tonel.

Já na Adega, há vinhos, destilados e diversos outros produtos de marca própria que você pode levar para casa.

O restaurante é um capítulo à parte: recebe em média 1.500 pessoas por semana que podem degustar as massas preparadas pela família. Os pratos são fartos e eu experimentei o gnocchi recheado de carne seca com molho branco.
Ano passado o Restaurante Brunholi recebeu o prêmio de Melhor Sobremesa do Estado de São Paulo com seu pudim de uva !

Após esse delicioso almoço, fomos conhecer a mini-fazendinha, o lago e o redário. Lugares ideais pra dar aquela descansada enquanto as crianças brincam com os bichinhos.
Antes de ir embora, fomos presenteados com uma cesta de produtos de marcas que fazem parte da Rota da Uva. Uma delicadeza e atenção do empresário Paulo Brunholi que nos acompanhou durante todo o roteiro.

Paulo é o Presidente da Associação Rota da Uva. Entidade que reúne comerciantes e produtores dos bairros da Toca, Roseira, Colônia e Caxambu com o objetivo de fomentar o turismo na região que concentra a maior produção de uvas e vinhos. Ele explica que:
- " A maioria dos produtores e comerciantes é formada por famílias que resistem à pressão imobiliária e trabalham para manter viva a tradição do plantio da uva niágara e de vinhos."

Para finalizar esse dia incrível, fomos comer açaí no Quiosque Roseira...

E conhecer a banca de frutas Por Falar em Uva, que vende frutas frescas, selecionadas e produzidas pelos agricultores que fazem parte da Rota. Dona Nilsa recebeu a todos com seu jeito alegre e descontraído. Deu entrevistas, posou para fotos e ainda nos presenteou com uma bela caixa de uvas.