Compartilhando a Alegria de Viver

21:39:00


Quando a mãe do namorado da minha filha se suicidou há poucos dias do Natal de 2014 foi um choque para todos nós.
E a pergunta que sempre fica é: Por quê ?
Acredito que não haja uma resposta pronta. Talvez a gente nunca descubra uma resposta mas o fato é que o número de suicídios cresceu muito em nosso país.
Por sorte cresceram também os grupos de apoio, as especialidades médicas e pesquisadores empenhados em detectar comportamentos que possam caracterizar algum distúrbio que resulte neste ato.
E foi por ter postado sobre esse assunto no Facebook que descobri que uma arquiteta de Jundiaí é voluntária do GAV – Grupo de Apoio a Vida. O braço do CVV na cidade.
Quem encontra a Mariângela Mazzola Mendes nas festas e eventos da cidade sempre extrovertida e divertida nem imagina que essa arquiteta jundiaiense, casada há 33 anos com Célio Mendes e mãe de 3 filhos é uma voluntária do GAV.
Eu pelo menos sempre tive a idéia de que os voluntários do CVV fossem pessoas introvertidas e reservadas.
Mas foi lá que essa mulher alegre e cheia de energia encontrou a possibilidade de ajudar o próximo.
- Ouço de tudo. Pessoas solitárias que não tem com quem conversar, idosos tristes, homens que perderam o emprego, mulheres desiludidas e jovens que perderam a vontade de viver. As vezes fico mais de uma hora ouvindo a pessoa do outro lado. - Me contou Mariângela.


E foi assim, ouvindo os outros com paciência e amor que ela passou a olhar diferente para os seus próprios problemas.
Ser um voluntário do GAV é saber ouvir sem interferir. A pessoa que liga não sabe quem está do outro lado da linha e nada é gravado. O sigilo é total. Desta forma ela se sente a vontade para chorar, contar sobre o que a desespera, seus medos e angústias.
A estrutura é pequena. Em um espaço cedido pela Prefeitura dentro da Sala Gloria Rocha, no centro da cidade. Para ser um voluntário do GAV a pessoa passa por treinamentos teóricos e simulações. Tudo para que ela se sinta segura e confiante para poder transmitir serenidade a quem está do outro lado.
E afinal, como outras pessoas podem colaborar com essa importante instituição?
Sendo um voluntário ou através de doações. A entidade precisa pagar despesas como telefone, material de limpeza e higiene. Outra forma é divulgar o trabalho na cidade. Muita
gente ainda não conhece esse serviço que por enquanto não é 24 horas. Mas que faz valer cada minuto para uma pessoa que está desesperada.



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