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1 Ano do Curtindo a Bessa!
Eu adoro comemorar meu aniversário. Acho que a vida tem que ser celebrada diariamente mas o dia que você nasceu é o marco zero. É onde tudo começou, literalmente!
Esse ano, além do meu aniversário eu comemorei o primeiro ano do meu blog.
Para isso pensei em cada detalhe com muito amor e carinho. Do convite enviado ao lugar da comemoração, do bolo ao brinde que cada convidado recebeu ao sair.
Já contei muitas histórias em um ano de blog. Foram muitas palavras, vários parágrafos e não estou nem perto de um ponto final. E alguns momentos de nossas vidas as palavras simplesmente não se fazem necessárias. Este é um dos momentos. As fotos dizem tudo dessa noite que foi incrível. Confira os clicks do fotógrafo Pablo Zanella! Obrigada a todos que estiveram presente e a você que lê e curte meu blog!
O Vinil Bar abriu exclusivamente para a minha festa
o proprietário e DJ do Vinil Bar, Nilson Sguilaro
Minhas filhas: Marina, Julia e Caroline
Meus convidados foram recebidos com uma taça de espumante italiano servida pelo modelo Jefferson Leite.
Os amigos da imprensa também vieram me prestigiar e o programa Culturando, da MOV8 Produções gravou matéria comigo. Para quem não conhece, a MOV8 produz conteúdo cultural e artístico em um canal exclusivo - o CANAL 8 - no Youtube.
Tainan Franco é sócia-proprietária da MOV8
Renato Janczur é sócio da Tainan na MOV8
Veja os amigos que curtiram comigo essa noite tão especial !
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#Brasileiros #ViverNoExterior #QualidadeDeVida #Estrangueiros #SaudadesDoBrasil #Desafio #Internet #MorarFora
Brasileiros Mundo A Fora
Neste momento em que o Brasil atravessa uma crise tão grave é muito comum ouvirmos falar em morar fora, abandonar o barco, viver no primeiro mundo.
Mas será que é tão fácil assim? Como será que é viver em lugares tão diferentes do nosso país?
Tenho amigos e parentes que moram fora bem antes dessa crise começar e resolvi fazer as mesmas perguntas a todos eles para saber como se adaptaram, do que sentem mais falta e principalmente o que eles pensam sobre o momento (difícil) que o Brasil vive:
1)Qual foi o motivo que te levou a morar fora e há quanto tempo você está aí ?
IGOR SAALFELD, RADIALISTA E JORNALISTA, MORA EM HEINDELBERG NA ALEMANHA |
IGOR: Bom, sou de família alemã, o que desde pequeno me fez despertar interesse em pelo menos conhecer a Alemanha. Em 2010, trabalhava numa emissora de rádio em Jundiaí. Passei 2 semanas de férias na Alemanha. Fiquei vidrado pelo País e 2 meses depois larguei tudo e fui de mala e cuia pro Velho Continente. Por motivos pessoas, em 2012 regressei ao Brasil, onde fiquei 2 anos. Em 2014, novamente larguei o Brasil e desde então estou construindo minha vida na Alemanha.
RACHEL: Me mudei para o Canadá em março de 2014 porque me casei com um canadense.
Rachel Newman e seu marido Simon moram em Toronto, no Canadá. |
IGOR: O idioma não foi o meu maior desafio, já que desde pequeno falo alemão.
Mas o maior desafio é superar a falta de amizades. O brasileiro tem a vantagem
de ser muito aberto às novas pessoas. Os alemães são mais fechados. Os alemães
são muito planejados em sua vida privada. Quer marcar um passeio com alguém?
Precisa agendar. Quer chamar alguém pra te acompanhar num almoço, num fim de
semana? Precisa agendar. Encontros espontâneos (em cima da hora) entre amigos
são muito difíceis, já que na maioria das vezes é tudo muito agendado.
Porém, entre vantagens e desvantagens a vida aqui, principalmente no que
diz respeito à qualidade de vida, é muito melhor.
SOFIA: Talvez eu diria que o maior desafio é o idioma. Mesmo falando inglês fluentemente ainda não é comparável com o inglês native de uma pessoa que cresceu e se educou aqui. Existe também um desafio constante de compreender a perspectiva e expectativas dos americanos que são diferentes das nossas. Eu sinto que mesmo morando aqui há 24 anos ainda estou constantemente me adaptando e aprendendo.
Ana Sofia Krogh-Doyle, Aeroviária, mora com seu marido Mike em Honolulu, Hawaií |
3) Enquanto você vive aí o Brasil passa por um momento sem precedentes marcado por escândalos de corrupção, violência, desemprego, etc. Qual a tua percepção dessa crise?
IGOR: Acompanho tudo o que acontece no Brasil, pela internet. Fico revoltado
com tanta coisa errada que acontece na esfera política e me revolta o quanto o
povo brasileiro é passivo e aceita tanta coisa errada que aí acontece.
A violência (praticamente uma guerra civil) foi um dos
pontos que mais pesaram para minha saída do Brasil. A injustiça fiscal, que faz
com que o brasileiro pague contas e tributos altíssimos, sem receber o serviço
de volta também foi um fator que pesou muito. Somente uma grande revolta popular
poderá mudar o rumo do País.SOFIA: Triste, lamentável e uma sensação de incapacidade de conseguir fazer alguma coisa para ajudar. Me da uma certa vergonha de ver noticias ruins do Brasil no noticiário.
RACHEL: Voltei ao Brasil em janeiro de 2015 depois de 9 meses fora e confesso que estranhei. A gente se esquece de muita coisa. Vivemos um grande desafio, e quando olhamos de longe temos de fazer o esforço de nos mantermos neutros: nem nos alienarmos, ignorando o que acontece e nem nos desesperarmos, achando que tudo está horrível e até sentindo medo de retornar ao Brasil. O que sinto muito é pela banalização da violência e do valor da vida que estamos vivendo. Às vezes leio umas notícias que nos fazem refletir.
4) O que os nativos com quem você convive pensam sobre este momento do nosso país?
IGOR: O Brasil é visto como uma terra muito bonita, com pessoas simpáticas e alegres. Porém, os alemães veem o Brasil como um País que sofre muito de violência e corrupção. Essa percepção não é de agora. Os alemães ficaram chocados em ver a imensidão de dinheiro gasto na Copa do Mundo, em estádios como o de Manaus onde sequer existe um clube de primeira divisão. Também se chocaram em ver o que aconteceu em Mariana e, principalmente, a impunidade com que o caso foi tratado pelas autoridades. Notícias boas chegam raramente por aqui e mesmo assim o europeu, de maneira geral, ainda vê com otimismo o Brasil sendo um destino de férias, com suas belas praias, seu carnaval e seu povo alegre.
SOFIA: Não acompanham muito. Mas são solidários.
RACHEL: Os canadenses são muito educados. Os que conheço comentam sobre algo que leem na mídia mas sem fazer juízo de valor ou crítica. Eles gostam muito do Brasil e dos brasileiros.
5) A internet reduziu
a distância mas ainda não é possível tomar um café com pão de queijo virtual.
Do que você sente mais falta?
IGOR: Sinceramente, não sinto tanta falta do Brasil como acharia que fosse
sentir. Mas o tradicional arroz com feijão e os amigos que sempre estavam por
perto e dispostos a fazer qualquer coisa, a qualquer hora é claro que fazem
falta.
SOFIA: O que mais sinto falta é a música, barzinhos, um cantinho e um violão. A alegria, espontaniedade, animaçao! Claro que em primeiro lugar a distancia da família é uma perda na nossa vida irrecuperável. Sinto muito estar longe de todos!
RACHEL - Sinto falta dos familiares e amigos! Daquela referência de passado, por exemplo, se falarmos "Silvio Santos vem aí" ou qualquer tirada que fez parte da nossa vida, outro brasileiro entende, já pessoas de fora não. Da mesma forma não temos as referências deles aqui quando eles fazem as mesmas tiradas. Sinto muita falta da comida, da comida da mãe, coxinha, do Beira Rio, do Mirim Dog. E mesmo que façamos prato brasileiro aqui ou se formos em restaurante de comida brasileira, não adianta, o sabor não é o mesmo.
SOFIA: O que mais sinto falta é a música, barzinhos, um cantinho e um violão. A alegria, espontaniedade, animaçao! Claro que em primeiro lugar a distancia da família é uma perda na nossa vida irrecuperável. Sinto muito estar longe de todos!
RACHEL - Sinto falta dos familiares e amigos! Daquela referência de passado, por exemplo, se falarmos "Silvio Santos vem aí" ou qualquer tirada que fez parte da nossa vida, outro brasileiro entende, já pessoas de fora não. Da mesma forma não temos as referências deles aqui quando eles fazem as mesmas tiradas. Sinto muita falta da comida, da comida da mãe, coxinha, do Beira Rio, do Mirim Dog. E mesmo que façamos prato brasileiro aqui ou se formos em restaurante de comida brasileira, não adianta, o sabor não é o mesmo.
6) Quais os prós e os
contras de se viver em outro país? Pensa em voltar ?
IGOR: Não há lugar perfeito no mundo. Ou se houver, ainda não conheço. Os
contras são os pontos que citei acima, durante a entrevista. Os prós são a
educação e respeito ao próximo do europeu. A acessibilidade aos bens, do ponto
de vista financeiro. Os altos impostos que são descontados direto do pagamento
soam como um ponto negativo, mas voltam ao cidadão em forma de transporte,
cultura, segurança, lazer e saúde.
SOFIA: Eu não penso em voltar. Mas a distância da familia é o maior obstáculo. Especialmente depois de muitos anos.
RACHEL: O maior ponto positivo é a chance de sair da zona de conforto. O crescimento é sem igual. A capacidade de ser flexível e de perceber que somos capazes de tamanha mudança. Aqui em Toronto é um local com respeito sem igual, aqui todos são respeitados, independente de qualquer coisa, em qualquer lugar.
Sobre contra, vamos dizer que não existe paraíso. Quando viajamos como turistas queremos morar naquele local porque não sabemos como é o dia a dia, estamos relaxados, em férias; mas quando moramos vivemos o dia a dia, a realidade.Não descartamos em voltar. No futuro, quem sabe?
SOFIA: Eu não penso em voltar. Mas a distância da familia é o maior obstáculo. Especialmente depois de muitos anos.
RACHEL: O maior ponto positivo é a chance de sair da zona de conforto. O crescimento é sem igual. A capacidade de ser flexível e de perceber que somos capazes de tamanha mudança. Aqui em Toronto é um local com respeito sem igual, aqui todos são respeitados, independente de qualquer coisa, em qualquer lugar.
Sobre contra, vamos dizer que não existe paraíso. Quando viajamos como turistas queremos morar naquele local porque não sabemos como é o dia a dia, estamos relaxados, em férias; mas quando moramos vivemos o dia a dia, a realidade.Não descartamos em voltar. No futuro, quem sabe?