Na volta do Jura Dizer a Verdade, o engenheiro Antonio Noberto Naville, o 5º convidado da coluna, fala sobre o amor e alguns mitos sobre o homem na maturidade. Clique aqui e veja o post na Ãntegra.
Na coluna Sandrices, no Curtindo a Bessa, falo sobre "inconformismo" e a coragem para virar o jogo e não se acomodar em situações seguras porém infelizes. Vejam lá no blog: Clique aqui.
#museudoamanhã#cidade olÃmpica#cultura#arquitetura#multimÃdia#riodejaneiro#praçamauá#zonaportuária
Museu do Amanhã: O novo cartão postal do Rio de Janeiro
Não dá para falar do Museu do Amanhã sem antes comentar toda a obra de revitalização em seu entorno. A Praça Mauá com seus edifÃcios antigos e imponentes ressurge bela e é emoldurada pela baÃa de Guanabara, o Pier onde navios estão atracados e todo um complexo da Marinha com estaleiros e áreas de manobras.
Na mesma praça fica o MAR - Museu de Arte do Rio de Janeiro e bem próximo o Centro Cultural Banco do Brasil. Vale a pena tirar o dia para fazer esse passeio. Eu não pude fazê-lo porque a fila para o Museu do Amanhã era imensa. Foram 4 horas de espera. Mas valeu a pena cada minuto.
A começar pela arquitetura do edifÃcio que é de encher os olhos. O Museu se debruça sobre a BaÃa de forma suave sem interferir na paisagem.
O espanhol Santiago Calatrava se inspirou nas bromélias para fazer esse projeto. E ele é majestoso, arrojado e instigante. A impressão que dá é que ele flutua.
Outro detalhe interessante é que ele possui "espinhas solares" que se movimentam de acordo com a posição do Sol. A água utilizada para climatizar o interior do Museu é retirada da própria BaÃa de Guanabara e seu reuso é que abastece o espelho d´agua que abriga uma bela escultura doada pelo artista americano Frank Stella: uma estrela de vinte pontas e seis metros de diâmetro.
Quando for ao Museu do Amanhã leve uma blusa, o ar condicionado lá dentro é muito, muito gelado. Talvez porque há muitos computadores, telões, e instalações que precisam estar refrigeradas.
Me decepcionei com o globo terrestre do saguão. É bem menor do que aparenta e não dá o impacto que eu imaginei. Mas é bastante interessante pois ele mostra em tempo real o mapeamento climático da Terra, cujos dados são enviados de vários satélites.
A exposição é dividida em cinco temas: Cosmos, Terra, Antropoceno, Amanhãs e Nós. Ela fica no segundo andar. No térreo ficam as bilheterias, lojas e uma pequena boulangerie com lanches e sucos naturais. Em breve o Museu do Amanhã terá um restaurante.
A experiência sensorial de um enorme lenço flutuando ao som de música clássica em uma sala escura, faz a alegria das crianças que não sabem como isso acontece. Na verdade correntes de ar fazem o lenço "dançar"
Dalà passamos para o espaço sobre ecossistema. Monitores ovalados mostram os animais em extinção, a Mata Atlântica e as espécies vegetais que precisam ser preservadas para o equilÃbrio do planeta. Tudo é interativo, tudo é multimÃdia.
Em outro cubo gigante um enorme painel de led simula as reações do cérebro e seus neuro-transmissores. As mudanças são rápidas e intensas. Todos os cubos tem um lado exterior e interior.
Em seguida, chegamos ao espaço que me causou o maior impacto: o Antropoceno! Nele, seis totens de 10 metro de altura cada exibem um mini documentário sobre o que nós humanos estamos fazendo com o planeta.
As imagens e as informações são impactantes e verdadeiramente nos fazem refletir sobre como estamos interferindo nas condições climáticas extremas do planeta e o impacto delas em nossas vidas.
Em seguida vem a área dos AMANHÃS onde instalações nos mostram como será a convivência em uma terra com muito mais seres humanos, cidades gigantescas e a hiperconectividade que ligará pessoas de diferentes lÃnguas e costumes.
Fechando a exposição há o Espaço Nós onde uma instalação em formato de oca tem como atração principal um artefato dos aborÃgenes australianos que tem e lembra o formato do próprio Museu. Ali, no meio daquele espaço que nos dá a sensação de calma e aconchego a exposição nos propõe repensarmos nosso papel nesse planeta e discutirmos como o queremos amanhã.
Se a gente já estava feliz com tudo o que tinha visto ainda tinha uma surpresa. No percurso final, já saindo do Museu, nos deparamos com uma cena fantástica: uma enorme parede de vidro com a visão do espelho d'água e sua belÃssima escultura, a BaÃa de Guanabara e ao fundo a Ponte Rio-Niterói!
Mesmo com o tempo nublado desse dia, o visual foi maravilhoso.
Quando for ao Museu leve água e vá alimentado pois há poucos lugares para se comer ao redor e uma vez que você está na fila de entrada é impossÃvel sair para buscar algo. Na praça não vendem alimentos e a segurança vive correndo atrás dos vendedores de salgadinhos e água que entravam na fila para oferecer seu produto.
Tenho certeza de que logo esses problemas serão solucionados para que haja maior conforto para os visitantes.
Além do mais, em breve o VLT (veÃculo leve sobre trilhos) estará funcionando. Ele ligará o Centro até a Zona portuária, num trajeto de 28 km com 32 paradas.
Vale a pena conhecer o Museu do Amanhã. Leve seu filho(a) pois será delas o nosso Amanhã e eles precisam ter contato com a realidade do nosso planeta.
Para saber horários, dias e exposições temporárias, acesse o link http://www.museudoamanha.org.br/